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Mensagem

Nova mensagem psicografada durante a Caravana Espiritizar
30/01/2014

Para a nossa grata surpresa, Fernando de Lacerda tem nos presenteado com comunicações diárias durante a Caravana Espiritizar, que o Projeto Espiritizar realiza atualmente por Portugal. No último dia 29, a seguinte mensagem foi recebida:

Mediunidade aos Suicidas

Quando o véu se fecha na última fresta de vida orgânica para além do túmulo oferecendo vida estuante nas ribeiras da imortalidade tudo se desdobra em impressões vivas e intensas.

Os que trataram das questões imortais na alma durante a experiência no corpo, a travessia é deveras suave e graciosa, porquanto se desdobra em intensa harmonia de deveres bem cumpridos no coração.

Aqueles, porém, cuja fonte de amarguras na Terra abriram um abismo de lástima e desesperação, sufocando a esperança com as tristes pedras do orgulho na terra da incredulidade, passam para o território do Espírito imortal com a impressões ampliadas da realidade interior que criaram no âmago dos sentimentos.

Assim, muitos deixam o corpo em estado lastimável de suicídio envolvidos nas teias escuras da depreciação do corpo que pouco a pouco revela que o nada não existe em meio aos espaços infinitos das realidades eternas.

O sofrimento da alma que acreditou por instante de ilusão na morte como fim de tudo, é o mais atroz e indescritível de todos os sofrimentos. Entretanto, o que mais amargura o coração do suicida é a certeza de ter podido esperar um momento a mais com paciência e esperança, para somente depois verificar  que havia sempre a saída almejada, à luz imperecível da consolação.

À semelhança de verdadeiros andrajos invisíveis, perambulam as almas suicidas em todos os pontos da Terra e nas regiões de grande sofrimento.

Aos olhos do materialismo seus cadáveres descansam em paz, mas entre os homens esses seres de intenso padecimento gritam e gemem pedindo clemência e perdão.

As impressões vibratórias são as mais densas que qualquer ser humano possa imaginar e, por isso, temos ao nosso lado as tristes histórias de tragédias que se repetem sem explicações lógicas ou satisfatórias.

Isso ocorre porque o número incontável de suicidas na Terra constitui uma pandemia invisível mais atroz que os perigosos vírus que o século XXI já conhece.

Numa gigantesca onda de sofrimento, os suicidas vibram sem o saberem, muitas vezes, para que outras pessoas conhecidas ou não também pratiquem o mesmo ato de crueldade que eles praticaram.

Para a Terra e a visão materialista ainda presente nos dias de hoje, o suicida fez por estranha conduta mal apenas para si mesmo. Não podendo suportar as agruras da vida com coragem e firmeza nada mais têm de que os homens da Terra se ocuparem.

Crasso engano!

As estruturas da vida imortal jamais isolaram os que partem da Terra e os que ficam em regime de progresso no corpo.

A compreensão das dores dos suicidas deve alertar os obreiros do espiritismo e, particularmente, os médiuns que se dedicam à tarefa da caridade espiritual.

As falanges da misericórdia divina tem consolidado o reino de Jesus, ampliando o sua imensa misericórdia entre os milhares de núcleos de atendimento no mundo espiritual. Os homens na Terra são convocados ao labor de se prontificarem a colocar a mediunidade em favor do programa de pacificação do planeta com vistas à vida imortal, incluindo a grave tarefa de auxiliar os irmãos no crime para com as suas extensas dores.

O ponto máximo da clareza sobre o estado da alma de um suicida já foi oferecido para a compreensão plena das responsabilidades espíritas. O que falta para a entrega silenciosa em renúncia operosa e útil? A plena certeza da pena grave que as consciências bem orientadas e esclarecidas hão de passar, caso não hajam com todos os esforços na manutenção de seus próprios deveres.

O Espiritismo está à disposição para que todos saibam a origem, o destino e a natureza da vida. Aqueles que pretextarem ignorância da tarefa espírita em si mesma não conseguirão se furtar da clareza das informações na própria consciência.

Amiúde, tocam nas portas dos núcleos cristãos as almas solicitando amparo e amor, mas poucos ainda se adequaram à compaixão cristã para se firmarem na falange dos servos da misericórdia!

Um clamor do mundo espiritual conclama os médiuns atentos que desejam servir com a mais sincera abnegação e espírito de serviço: abri os vossos corações aos suicidas!

Recebei os que sofrem no silêncio de suas agudas insanidades como filhos no aconchego do colo maternal de Maria.
Permiti que as numerosas experiências de dor e sofrimento dos irmãos suicidas lhes tragam as mais sublimes venturas da caridade pura e benévola em meio à lágrima que seca e a alegria que retorna.

Os espíritas na mediunidade santificada pelos sacrifícios hão de conhecer a ventura próxima dos antigos cristão do passado.

Entre as perseguições e desaires existiam também os cantos sublimes da fé que deslocavam a alma para além das agruras do mundo material ascendendo às impressões aos largos campos da imortalidade.

Sede os médiuns de hoje nas reuniões mediúnicas os cristãos do ontem na arena dos martírios e toda a palavra de Jesus será cumprida em vossos corações: meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.

Os últimos estarão entre os primeiros!

Fernando de Lacerda

Porto, Portugal – 29 de janeiro de 2014

Mensagem psicografada pelo médium Afro Stefanini II

Saiba quem foi Fernando de Lacerda:
Fernando Augusto de Lacerda e Mello, melhor conhecido simplesmente como Fernando de Lacerda (Loures, 6 de Agosto de 1865 – Rio de Janeiro, Brasil, 6 de Agosto de 1918), foi um médium português.
A partir de Outubro de 1906, Fernando de Lacerda começa a receber diversas mensagens do plano espiritual, assinadas por escritores renomados e personalidades do mundo social, já desencarnados.
Segundo descreveria mais tarde, uma noite percebeu uma voz emanada de uma entidade invisível, informando que desejava transmitir uma mensagem a uma personalidade conhecida no mundo das letras. Obedecendo, o médium dirigiu-se a sua mesa de trabalho, tomou do lápis e imediatamente recebeu comovedora mensagem de Camilo Castelo Branco ao seu amigo encarnado, António José da Silva Pinto, vigoroso polemista e conhecido escritor.
De modo geral, Fernando de Lacerda sentia a aproximação do Espírito que desejava se comunicar, e, normalmente, via-o em seguida. Também ouvia, com freqüência, as palavras que uma segunda personalidade queria lhe ditar. Enquanto o médium, em estado de vigília, mantinha conversação com os encarnados presentes, o lápis que empunhava rápidamente preenchia as laudas de papel. Nessas ocasiões encontrava-se alheio ao teor das mensagens, desconhecendo muitas vezes o significado de palavras e expressões, bem como fatos nelas referidos. Por vezes, chegou a receber duas mensagens simultâneamente, com o uso das duas mãos.
As comunicações recebidas em reuniões mediúnicas, das quais participam Afonso Acácio Martins Velho, José Alberto de Sousa Couto, Madalena Frondoni Lacombe e outros, eram encaminhadas aos jornais, logo sendo conhecidas e comentadas num verdadeiro fenómeno na mídia portuguesa da época. As primeira mensagens, coligidas, foram publicadas em livro – Do País da Luz – já em 1908, cuja primeira edição logo se esgotaria, pela curiosidade em torno das palavras de autores desencarnados, portugueses e estrangeiros, queridos e vivos na memória popular: Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco,Fialho de Almeida, Alexandre Herculano, Émile Zola, Napoleão Bonaparte, António Vieira, Júlio Dinis, João de Deus ou Antero de Quental, entre muitos outros que figuram nos quatro volumes da obra. Nesse mesmo ano, sai o segundo volume e é reeditado o primeiro.
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