Dentre as várias opções que sempre se encontram presentes para nossas escolhas durante o tempo de nossa vilegiatura carnal, o aprender com todas as situações que se apresentam com mansidão e amorosidade, exercitando o verdadeiro espírito de aprendiz do Mestre, encontra cada vez menos eco nos corações dos dias atuais.

Isso decorre em consequência da superficialidade com que a maioria dos homens vivenciam suas horas, passando pelas situações sem realmente refletir sobre o quanto elas estão  informando de nós mesmos, das crenças que trazemos, dos enganos que cultivamos e das respostas automáticas usadas como mecanismos de fuga pelo ego para que, por meio do automatismo, continuemos a passar pela vida de forma que nossas escolhas sejam repetitivas e baseadas nos equívocos já vivenciados.

Analises em profundidade as escolhas efetivadas nesta encarnação até o presente momento,  e constatarás que uma grande parte delas ocorreram de maneira automática, sem reflexão, porquanto, na vida considerada “dinâmica” dos tempos atuais a grande maioria dos seres encontram-se presos ao fator tempo, tendo a sensação que a vida corre em um fluxo interminável de situações a resolver, de trabalhos a efetuar, sem que encontrem o tempo real para refletir sobre o que construíram em si mesmos, passando a vivenciar seus dias em um círculo vicioso do ter, que impera na maioria das mentes atuais, embotando o seu pensar e postergando seu real propósito, encharcando sua casa mental dos fluídos tóxicos inerentes a esta atitude, que está em sintonia com uma grande parte da população de encarnados e desencarnados desta esfera de vida.

Esse recurso é altamente utilizado para influenciar o ser, devido ao fato que, além de encontrar eco em grande parte da população, é amplamente utilizado pelos mecanismos das sombras para a distração do homem das verdades eternas e, se possível, postergar a transformação deste planeta em um mundo de regeneração, esquecidos que Jesus está sempre no leme e os agentes do bem atuam ininterruptamente para o despertar de cada consciência, para que a mudança de sintonia encontre eco nos corações, e o dever de aprender e crescer seja o objetivo de um número cada vez maior de almas.

Perscrute, de maneira isenta de qualquer tendência sua consciência, e reflitas o que tens escolhido para sua companhia, se vivencias a paz conscencial pelo esforço do trabalho íntimo ou te encontras no comodismo de viver na superficialidade, colhendo para ti os tormentos das neuroses que adoecem as criaturas  que sintonizam com esta faixa de energia, levando a muitos a passarem toda a encarnação, e em alguns casos mais de uma oportunidade na carne, neste processo autoenganoso que trará a dor profunda do vazio existencial como o aguilhão que despertará, no tempo de cada um,  as consciências para a real finalidade da vivencia terrena.

O processo de crescimento do ser nas múltiplas oportunidades encarnatórias é pessoal e intransferível, pois está na Lei que este esforço ocorra para que tenhamos mérito para usufruir da felicidade plena ensinada pelo Cristo em seu Evangelho, e cada um a seu tempo despertará para vivenciá-lo, cabendo a nós entendermos que o quanto antes iniciarmos, verdadeiramente, esta jornada com autenticidade e verdade, aprendendo a entender os mecanismos que utilizamos para que possamos continuar em nossa zona de conforto enganosa, aceitarmos o que ainda trazemos para transformar em nós e agirmos em nosso íntimo com amorosidade,  passaremos, então, à vivência da real transformação de nossa maneira de viver, aproximando-nos de nossos mentores e sintonizando com as energias de amor que impulsionam toda o progresso da Humanidade, colaborando com nossos Tutelares na transformação deste orbe.

O convite está posto desde o início dos tempos, e cada vez mais nos dias atuais o ser é exortado a viver este processo, cabendo a cada um tomar da sua cruz e seguir Jesus, para que ao chegar até Ele de alma renovada, exclamar …”Mestre, eis-me aqui, fui fiel até o fim…”

Isabel de Lima

Cuiabá, 22 de outubro de 2015.
(Página psicografada pela médium Zeila A. Gonçalves)