Há cerca de um ano a Editora Espiritizar lançou a obra Sexualidade e Saúde Espiritual, uma obra sui generis, pois se trata um livro que traz uma visão espiritual profunda da sexualidade, correlacionando-a à saúde espiritual.

A obra aborda o assunto com muito respeito e propõe temas os mais diversos como erotismo, sexualismo, pornografia, adultério, compulsão sexual, homossexualidade, pedofilia, sadomasoquismo, dentre outros, que são refletidos à luz das Leis Divinas, de modo que o Espírito imortal encarnado possa ter parâmetros úteis para se conduzir perante o sexo e a sexualidade, evitando se comprometer perante a própria consciência, caindo no abuso tão comum nessa área do comportamento humano.

Tem causado estranheza em muitos o termo homossexualismo utilizado na obra, já que a Organização Mundial de Saúde incluía o homossexualismo na classificação internacional de doenças (CID) como uma doença mental, até uma revisão em 1990, quando o termo foi retirado da lista de doenças.

Realmente havia um grande equívoco em se classificar a homossexualidade como uma doença mental. Os estudos psiquiátricos e psicológicos demonstraram que não havia uma doença mental tratável, fato reconhecido em 1973 pela Associação Psiquiátrica Americana, que retirou de sua lista de distúrbios mentais a atração sexual por pessoas do mesmo sexo.

A homossexualidade passou a ser vista como uma característica normal, uma simples opção do indivíduo, por muitos psiquiatras e psicólogos, especialmente nos países ocidentais.

As causas da homossexualidade, porém, continuam intrigando os cientistas, que a tentam explicar a partir de fatores os mais diversos que variam desde os genéticos, hormonais, até os sociais, porém todas inconclusivas.

No entanto, dentro de uma abordagem espiritual profunda, centrada nas Leis Divinas, a homossexualidade não é uma simples opção, como se classifica hoje em dia. Nas perguntas que abordam o assunto no livro Sexualidade e Saúde Espiritual os benfeitores espirituais que as responderam disseram na questão 23 que: “em termos espirituais, a homossexualidade surge de maneira bastante diversa do que muitos psicólogos, psiquiatras e estudiosos do comportamento dizem, hoje, na Terra.” Na questão de número 30 dizem que: “o Espírito é convidado a considerar a homossexualidade como uma experiência-expiação e formular a si mesmo uma proposta que lhe conceda, na intimidade, a paz de consciência.”

Sabemos que uma expiação se constitui no remédio para um problema, no caso a promiscuidade exercida em várias encarnações em que o Espírito enveredou pelo sexualismo, ou seja, o abuso da sexualidade. Na questão número 2 os Mentores definem o problema: “Sexualismo é o culto ao sexo de forma indevida. É fazer do ato sexual e de todas as manifestações da libido uma meta, um objetivo falso a ser alcançado. O Ser Espiritual, nesse comportamento, deturpa os mecanismos das engrenagens emocionais e se entrega apenas para as manifestações sensórias, acabando por viciar a si mesmo no mecanismo profundo do psiquismo genésico, que lhe habita a casa íntima dos sentimentos. Mais tarde, essa viciação se complica em fixações muito desequilibradas, fazendo com que, ao invés de se preencher, sinta-se enormemente vazio.”

O termo homossexualismo nesta obra não significa, portanto, a doença mental o qual era classificado no passado, mas o culto ao sexo promíscuo, que pode ser também de caráter heterossexual.

A homossexualidade é uma expiação, na qual o Espírito imortal momentaneamente encarnado é convidado a respeitar a sexualidade na polaridade oposta à que desrespeitou no passado. Por exemplo, um homem que por várias existências usou as mulheres como simples objetos sexuais, de forma a usufruir egoisticamente do prazer, desprezando-as como seres humanos, renasce em um corpo feminino, mantendo a psicologia masculina para aprender a valorizar essa polaridade e não para continuar a usar as mulheres como objetos de prazer em relações promíscuas.

Homossexualismo é, portanto, a prática sexual promíscua e lasciva, essas sim viciações egoicas, que se constituem em doenças da alma, em qualquer condição em que o Espírito encarnado esteja momentaneamente inclinado, seja o homo ou o heterossexualismo.

A homossexualidade é o mecanismo utilizado pelas Leis Divinas para que o Espírito se liberte da promiscuidade e da lascívia e volte a ver a sexualidade de uma forma respeitosa, porém o encarnado pode ainda mais uma vez se recusar a respeitar os seus irmãos em humanidade e entrar na promiscuidade do homossexualismo, feminino ou masculino. A esse respeito os benfeitores na resposta da questão 23 dizem: “há aqueles que, não conseguindo desfazer-se da viciação sexual, buscam outros parceiros e estão, ainda, em processos de depravação. É muito importante salientar que homossexualidade não é depravação, é uma expiação.”

Escritor e expositor espírita,

organizador da obra Sexualidade e

Saúde Espiritual, da Editora Espiritizar.

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12 e 13 de dezembro

Facilitador: Alírio de Cerqueira Filho